dezembro 10, 2006

Dia Internacional dos Direitos Humanos



A indiferença e a falta de espírito solidário dos países ricos têm comprometido os esforços de luta contra a pobreza no mundo, defendeu a alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Louise Arbour.

(...) Arbour afirmou que os países desenvolvidos devem fazer mais pelas pessoas pobres e sugeriu um corte nos milhares de milhões dos orçamentos militares e o fim dos subsídios agrícolas nos países desenvolvidos, considerados concorrência desleal aos produtos oriundos dos países pobres.

Caso contrário, acrescentou, as Nações Unidas não vão conseguir atingir os Objectivos do Milénio, definidos em 2000, nomeadamente a redução da pobreza para metade até 2015.

Em comunicado, para assinalar os 58 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Arbour lembrou que os países assumiram então o com promisso de entregar 0,7% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para ajuda ao desenvolvimento, promessa que poucos cumprem.

«Muitos países ricos ainda não atingiram as metas de ajuda ao desenvolvimento, mas continuam a gastar dez vezes mais em orçamentos militares», referiu.

A responsável realçou ainda que o dinheiro gasto pelos países ricos em subsídios agrícolas «representa um valor praticamente igual ao PIB de países africanos».

Arbour defendeu que «a pobreza deve ser tratada como uma questão de direitos humanos que cada país tem obrigação de combater, independentemente dos recursos de que dispõe.

Para combater a pobreza, defende ainda a necessidade de acabar com a discriminação e a corrupção e alterar a forma como os recursos são distribuídos.


Diário Digital / Lusa


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